28 de jan. de 2007


Da anti-paixão pela falta de inspiração

Meus queridos (mais queridas, porque 99% de quem vem a esse espaço é do sexo feminino, não sei por que...), eu queria muito estar inspirado para escrever algo bem bonito hoje, domingo, pra que esse restinho de fim de semana ficasse um pouquinho mais colorido, e pelo menos a cabeça ficasse um pouco mais fria nesse calor incrível que tem feito nos últimos dias no norte de Santa Catarina. Mas eu não estou lá tão inspirado. Tem umas coisas que não me permitem ficar inspirado. Por exemplo: no fim de semana passado, meus três times venceram. O JEC ganhou do Avaí, o Corinthians ganhou do São Bento e o Brasil (sub-20, tá certo...) ganhou do Uruguai. Já nesse fim de semana, o Corinthians perdeu ontem para o Ituano e o JEC perdeu hoje para o Próspera. Não quero ser ave de mal-agouro, mas o Brasil joga hoje com a Colômbia precisando vencer pra ir pras Olimpíadas. E eu tô analisando a possibilidade de não assistir. A outra coisa que não me permite ficar inspirado é o erro de ter querido olhar a lista das atrações da versão gaúcha do Planeta. Os estimados diretores e manda-chuvas da nossa inefável rádio Atlântida pegaram a programação do Planeta de Santa Catarina e disseram: "MUA-HÁ-HÁ! Vamos sacanear!". Tiraram o Dazaranha e colocaram o Ultramen. Tiraram o Tiesto e colocaram o Fatboy Slim. Tiraram a Pitty e colocaram o Skank, e só mudaram a ordem dos demais! Conseguiram piorar uma programação que já era uma porcaria! É por isso que a Rede Globo de Televisão prefere levar a sua logística a Salvador e montar um festival de quatro dias, tirando a possibilidade do sul do Brasil mostrar a sua organização e a vibração do seu povo em rede nacional. Desse jeito, pelo resto da história a Bahia vai ser a terra dos festeiros e o lugar certo para diversão, enquanto Santa Catarina vai continuar sendo apenas um posto para abastecer, na 101, entre Curitiba e Porto Alegre. E o Rio Grande vai continuar com a fama que tem (aliás, nem vou falar da fama gaúcha). Eu sei que estou escrevendo um tributo ao senso comum, mas me digam o que preferem: Charlie Brown, O Rappa e D2 fazendo sempre o mesmo show, pela 7489474047405495ª vez, ou uma aparição de Matsiyahu, Glória Gaynor e Ben Harper? Eu estaria disposto a sacrificar o meu sono para assistir o Planeta na Globo, sabendo que o Brasil inteiro teria a possibilidade de vê-lo também. Mas com essas atrações, eu prefiro ver o especial do Pavarotti na Rede Vida, ou o show da Madonna no SBT. E dormir cedo num sábado à noite, já que anda difícil de encontrar um bom programa à mão. E Rosimeri, fale o que quiser, são essas coisas que tiram a minha inspiração.

3 comentários:

Anônimo disse...

O sofrimento também faz parte da paixão... e é da paixão que vem a inspiração... Então eu acho que o problema não está aí, é só o calor mesmo (pelo menos agora já está chovendo).

Mas fica tranqüilo, você conseguiu escrever algo bonito, meu nome tá no texto... HAHAHAHAHAHAHAHAHAHA

Ah, ainda tem o "Fala que eu te escuto" na Rede Record, quem sabe dá uma luz... xD

Ei... Santa Catarina não é só um posto para abastecer... Não é bem assim... O certo é que SC é tão esperta que os gaúchos não têm outra saída a não ser passar por aqui, e é aí que a gente aproveita pra fazer as piadas!

CACTUSROCHA disse...

Meu caro jovem mancebo, não é sem razão que a letargia toma conta de muitas mentes que poderiam ser promissoras e contribuir para um país melhor, mais politizado, puto e consciente de sua existência como nação, transcendendo as fronteiras do Paraguai. Também estou passando calor aqui em Fortaleza, porém encontro-me ávido por expressar minha tese improvável de que a paixão é o estágio mais primitivo a que nós, seres humanos, estamos fadados a carregala como um julgo espiatório. O amor é viagem. A paixão é um pouso forçado. Valeu meu caríssimo.
CACTUSROCHA

CACTUSROCHA disse...

Meu caro jovem mancebo, não é sem razão que a letargia toma conta de muitas mentes que poderiam ser promissoras e contribuir para um país melhor, mais politizado, puto e consciente de sua existência como nação, transcendendo as fronteiras do Paraguai. Também estou passando calor aqui em Fortaleza, porém encontro-me ávido por expressar minha tese improvável de que a paixão é o estágio mais primitivo a que nós, seres humanos, estamos fadados a carregala como um julgo espiatório. O amor é viagem. A paixão é um pouso forçado. Valeu meu caríssimo.
CACTUSROCHA