19 de jan. de 2007


Do anoitecer

Foto de um anoitecer lindo a que Joinville assistiu ontem. E eu sei que não fui o único que o achei lindo... Né, Fran? Então vai junto um poema de noite.

Lágrimas, confissões e lamentos de uma bela noite azul

Abro minha janela
Por uma estranha sensação
Penso que a noite parece clara
E meu sonho parece próximo

Num movimento leve com as mãos
Descubro toda a beleza oculta lá fora
Numa noite azul e graciosa
E logo penso que aquilo viraria verso

Penso isso porque na fração deste segundo
Sinto um misto de algria e tristeza
E um sorriso vazio toma meu rosto
Que admira o ar anil da luz nas trevas

Levanto o olhar e vejo a lua cheia
E uma lágrima corre sorrateira
Escorre entre as marcas de todos os sorrisos
E mancha com verdade a ilusão do dia-a-dia

Com um nó na garganta, fecho os olhos
E penso em tudo que não vivi
Sorrio pelos beijos que não beijei
Suspiro pelos abraços que nunca senti

Olho para a lua e choro
Pelo vazio que me tomou e permanece
Pela solidão que corrói meu sorriso de plástico
Pela falta de quem queira meu amor

Nunca sentiram meu carinho
Nem viram meus olhos brilharem
Jamais sentiram conforto nos meus braços
Nem deixaram que fizesse seus dias perfeitos

E nessa noite maravilhosa
Sorrio sozinho
Por não ter com quem estar
Nem quem queira viver um sonho comigo

E a lua permanece lá
Para me fazer chorar sempre
Me lembrar que sorrio hoje
Mas meu dia não é feliz...

...é só.
E só.

2 comentários:

Michele Eger disse...

adoreeei o poema, Jouber!
muuito bonito mesmo!
os blogs vão bomba!

te adoro,
de verdade!

Fran Hellmann disse...

Sabe Jouber...?

Tem dias que realmente não estamos felizes. Quando um destes dias te assolarem, lembra que tem uma pessoa aqui que te adora muito. Que sozinho, você nunca vai estar.
Para mim... você é especial...

Beijo!