21 de fev. de 2007


A jamanta da paixão

Me perguntaram se o homem é racional ou emocional. Daí eu comecei a pensar. Daí eu comecei a sentir. E eu descobri. Descobri que para um apaixonado quanto mais pensar, mais amar. E eu sinto isso na pele. A paixão é como uma jamanta no alto da serra. Tem de dar um empurrãozinho. mas quando ela desanda, não há freio que segure. A paixão está lá, no alto da serra. O pensamento empurra, põe lenha na fogueira, manda crescer e multiplicar. E depois, quando quer controlar, é atropelado pela jamanta como um guaxinim desavisado.
Os puristas dizem que a gente não escolhe se apaixonar. Eu digo que os puristas estão empoeirados. Eu digo, e repito se o senhor quiser, que a paixão é escolha, sim. E das bem premeditadas. E eu sinto isso na pele. Escolhi ser um apaixonado, um bandeirante que apanha do mato, um sofredor. E digo que tem de ter coragem para viver assim. Para querer ser bobo tem de ser muito mais decidido que para querer ser esperto. E bobo apaixonado por escolha se orgulha e bate no peito. Fala alto: "Eu escolhi ser assim. Minha vida é carga de jamanta".

2 comentários:

Anônimo disse...

Parece ki é assim mesmo.

Anônimo disse...

Só pra esclarecer, o que eu disse que parece que é assim mesmo é o fato de que os apaixonados quanto mais pensam, mais amam.