O sermão do costume
O homem se acostuma a muitas coisas. E mesmo que sejam desagradáveis, acaba não se importando. Às vezes até acha divertido. Engraçado. Diferente. E outros adjetivos da indiferença. Posso citar exemplos. Eu já me acostumei a ser chamado de Jauber. Muito mais pessoas me chamam de Jauber que de Jouber. E eu atendo. É engraçado. E é bom. Eu tenho um pretexto para conversar com a pessoa. Corrijo ela educadamente e ganho pontos. Criamos um assunto em comum. Eu começo a falar dos nomes dos meus primos. Ela me fala sobre a sua amiga que se chama Eloá, e todo mundo escreve Eluá. Podemos virar amigos.
Já me acostumei a varais desfazendo meu penteado. Também meninas fazendo carinho no meu cabelo e dizendo que ele é gostoso. Aí eu digo que parece carpete. Aí ela diz "é mesmo!", e chama a menina mais próxima para fazer carinho também. Aí eu sorrio. Ela faz cara de "ai, que fofo!", e tudo fica bem. Me acostumei também a olhar para baixo para falar com as pessoas. Não que isso implique em soberba da minha parte. Simplesmente elas estão abaixo da minha linha de visão. Conheço um cara, o Leonardo, que é maior que eu. Meu pescoço dói quando falo com ele. Mas quanto a olhar pra baixo, é algo normal.
Também tenho prática em recusar. Já fiz disso um esporte. Como recuso muito mais coisas que aceito, já tenho a minha técnica de não ser rude. Sorrio, peço desculpas, e digo que vai ficar para a próxima. A pessoa lamenta, ou dá de ombros. E fica tudo por isso mesmo.
Faço tudo isso sempre. E também me acostumei à decepção. Sei me decepcionar tão bem que já faço as coisas fazendo "tsc, tsc, tsc". Já me preparo para o pior. Normalmente, me preparo corretamente. Às vezes, algo estranho acontece. E aí eu fiquei no lucro. Mas eu também me acostumei a me decepcionar comigo mesmo. Porque? Porque eu sei que vai dar errado, me preparo para dar errado, mas penso que pode dar certo, me animo, dá errado e eu fico triste. E a seqüência é sempre a mesma. Invariável. Vai ano, vem ano. Vem experiência, vai experiência. E eu continuo acreditando. E esperando novas coisas com que se acostumar. Já me acostumei a bater a cabeça na parede.
4 comentários:
Sabe, nada é por acaso.
E às vezes, o acaso nos remete que coisas inesperadas estão por vir.
Coisas inesperadas nos recordam o amanhã.
O amanhã nos permite lembrar que existe futuro.
E o futuro, bom... O futuro nos faz entender que é preciso semear no presente!
Você tem feito isso.
As decepções serão responsáveis por aprendizados e coragem renovada.
Vale a pena tentar. Nenhum esforço é em vão. Eu tenho certeza.
"Peço o que é bom pra mim. Não o que eu quero."
Poxa, Jauberti, ki engraçado... huahuauhauhahuahuauha
É ki o seu nome é um pouquinho diferente, mas isso é bom... Quando saiu a lista de quem passou no vestibular eu reparei no seu nome, nunca tinha ouvido falar em algum Jouber, e fuçando os resultados do SAEM eu vi Jouber de novo, e aí eu conferi se era o mesmo xD
Outro nome ki eu lembro ter reparado foi o da Dienefe, mas quando as aulas começaram eu demorei até saber quem ela era porque a pronúncia ki eu imaginava não era a mesma que a maioria usa.
Bom, quanto ao meu nome, a maioria das pessoas fala certo, mas sempre escreve errado ._.'
PS - eu também fiquei frustrada ao saber que o interruptor era água. Vou te contar... ¬¬'
Sabe Jouber, quando chegamos a um lugar onde nunca havíamos estado antes, tudo parece muito vivo, com muita cor, tudo é muito marcante. Com o passar do tempo, se voltamos lá muitas vezes, as coisas parecem transformadas, já não têm mais o mesmo brilho. A isto chamamos “nos acostumar” e alguns atribuem este fenômeno ao relaxamento sensorial após um primeiro contato de reconhecimento. Bom, isto não acontece apenas com lugares, acontece também com pessoas. Acostumar-se sem dúvida nos ajuda a economizar energia, mas também nos cega para coisas muito belas da vida, por isso pessoalmente gosto de, sempre que possível, fechar os olhos e me lembrar como era da primeira vez que aqui estive, quando os abro quase sempre consigo ver as coisas em volta, e as pessoas, novamente lindas. E assim a vida segue, sem nunca perder o brilho...
Fiquei com saudades das suas belas palavras.
Beijo!
nossa, não existe o nome Jouber, mas parece... rsrs
Meu Amigo tbm chama Jauber, quando eu conheci ele q eu axei meio estranho o nome dele XD...
Ninguém escreve o nome certo, pq o todo mundo chama ele...djauber, clauber, glauber...XD
auhuahauahauahaua
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